A reportagem é de Céline Hoyeau, publicada no jornal La Croix, 02-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Assim como no Apelo à desobediência, assinado em junho por 400 padres austríacos, eles também reivindicam o acesso à comunhão para os divorciados em segunda união, a ordenação de homens e mulheres casados e o acesso dos leigos à pregação das homilias.
"Uma comunidade eclesial organizada ainda é necessária", escrevem. "Mas a sua forma atual não corresponde mais às realidades atuais porque, tanto pela sua organização em paróquias, quanto pelo exercício da sua missão, ela ainda deixa tudo sobre os ombros do ministério ordenado, reservado unicamente aos homens, além disso celibatários. E como o déficit de vocações está longe de mudar, é preciso encontrar novos caminhos para sair desse impasse".
O lançamento do manifesto remonta ao padre Johan Dekimpe, pároco de Courtrai, 69 anos, a quem se uniram alguns coirmãos e um pequeno grupo de leigos.
Na sexta-feira, 25 de novembro, 5.500 pessoas haviam assinado o manifesto. [Neste sábado, 10 de dezembro, o sítio do manifesta já contava mais de 6.500 assinaturas].
Entre os signatários, figuram padres e leigos, além de personalidades conhecidas, como Roger Dillemans, reitor emérito da Universidade Católica de Leuven, e Paul Breyne, governador dos Flandres Ocidentais (1,2 milhão de habitantes).
Todos se dizem convictos de poder reunir "um amplo apoio" nas dioceses do país. "Também estamos convictos – escrevem – de que se, enquanto fiéis, tomarmos a palavra, os bispos irão ouvir e estarão prontos para promover um diálogo sobre essas reformas necessárias e urgentes".
O movimento de reforma também chegou à França, onde, embora sem encontrar uma repercussão tão ampla, cerca de 20 padres da diocese de Rouen se uniu ao apelo dos austríacos.
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