domingo, 22 de maio de 2011

RELATÓRIO VISITA À JUQUIA

Ricardo e amigo


No dia 1º de Maio de 2011 (Dia do Trabalhador), aconteceu no Salão Paroquial da Paróquia Santo Antônio, na cidade de Juquá-SP, o encontro dos coordenadores das comunidades, promovido pelo Grupo Família Arnaldina da Congregação dos Missionários do Verbo Divino.
O encontro foi iniciado com a palavra do Pe. Fábio, que deu as boas-vindas a todos os participantes, e logo em seguida conduziu a oração inicial fazendo memória o Dia do Trabalhador (lembrando dos profissionais que vivem nas comunidades rurais e nas cidades); comentou ainda a Beatificação do Papa João Paulo II. Em seguida proclamou o Evangelho de João 29, 19-31.
Foi feita a leitura da Ata do Encontro anterior; logo a pós passou a lista de presença e o Pe. Fábio concedeu a palavra ao Ricardo Oyamada (Família Arnaldina), que iniciou a reflexão sobre a Animação Missionária.
Ricardo fez um levantamento do que os presentes compreendem sobre a palavra “animar” e “missão”.
Em seguida motivou o grupo com a “Dinâmica das Pedras”, para ressaltar a importância da partilha, comunhão, compromisso missionário, integração, entre outros.
Depois da dinâmica, Ricardo dividiu o grupo em dupla para conversar sobre o tema Animação Missionária, a partir do texto “Jesus partiu o pão”, do escritor Ramlit Navarro.

Modelo do Animador Missionario, Jesus Cristo
PARTIR: Jesus partiu o pão, por Ramlit Navarro

Partir é pôr-se a caminho, sair, ir alem. Quem parte se coloca a disposição para seguir ou criar caminhos; é deixar algo para atrás em prol daquilo que está além. Quem parte se torna diferente do que aquele que se acomoda. Partir é uma ousadia ou algo tão inerente num ser humano em evolução; às vezes, é uma loucura do ponto de vista de quem está na zona de conforto. Partir é nada mais que um desperdício para quem não muda e não cresce.

Partir também é quebrar, dividir-se, romper, separar. Há coisas que se partem e se consertam, se tornam pedaços quebrados a serem recolhidos ou jogados. Coisas quebradas são coisas quebradas. Porém, pessoas quebradas é outra coisa. Qualquer quebra, divisão, rompimento ou separação traz imensa dor. No entanto, partir apresenta ruptura ou destruição mas também sinaliza renovação. Às vezes, partir é nada mais que uma etapa na evolução do ser humano ou um componente no ciclo da vida - - começo-meio-fim, e depois de partir, um recomeço e assim por diante.

Enfim, partir é repartir. Partir é partilhar. A fim de partir e repartir o que a pessoa tem, é preciso partir para outro lado e correr o risco de ser partido. Assim que se vive a dinâmica da partilha.

Jesus tomou decisão de colocar o Reino de Deus em sua vida acima de tudo. Ele é a presença de Deus a quem ele dá graças incessantemente por seu amor. Impulsionado pelo amor de Deus, ele partiu da sua aldeia de Nazaré, se pus a caminho rumo a Jerusalém e às cidades vizinhas e foi além das fronteiras impostas pela religião dominante. Jesus partia a fim de mostrar e demonstrar os valores do Reino mas suas palavras e ações acabaram desafiando e insultando os poderosos. Ele não tinha receio de anunciar verdades e denunciar mentiras porque ele era uma pessoa livre e vivificada pelos valores do Reino. Ele se tornou uma ameaça a um sistema disfuncional. Ele foi um homem quebrado pelas ameaças, rejeições e castigos. Quantas vezes ele chorou com coração rompido por seu amado povo sofrendo nas mãos das autoridades religiosas e políticas. Para eles, Jesus devia morrer mesmo porque ele se tornou um sinal de divisão no meio do povo. Ele foi além demais porque questionava e violava algumas leis e tradições religiosas intocáveis. Ele era visto como um subversivo ousado a ser lançado na cruz como e com os outros violadores atrevidos. Então, os detentores do poder partiram pra cima dele perseguindo-o e levando-o a sua condenação e morte. Ele foi brutalmente partido em nome do Reino de Deus e do povo que ele tanto amou.

* Pela graça de Deus, recebemos tantos dons a fim de colaborar na construção do Reino de Deus. E o dom mais importante dado por Deus é o amor. Em outras palavras, a dádiva pela qual devemos agradecer a Deus infinitamente é a possibilidade de amar e ser amado. Jesus foi imensamente amado, por isso ele foi capaz de amar tanto. Ele amou a Deus com todo o seu ser e amou o povo de Deus com toda a sua vida. Ele era um sinal de amor no alvejado Reino de Deus instaurado na terra. Ele deixava tudo e fazia tudo por amor. O seu amor livre e irreverente incomodava àquelas pessoas cujo amor ou jeito de amar era medido, definido, regulado e controlado pelas leis e tradições religiosas. Eram leis e tradições para tantas coisas que acabaram ofuscando o que era o essencial no âmbito de amor, isto é, amar a Deus e amar ao próximo. Quem demonstrava amor fora dos parâmetros daquelas leis e tradições era considerado pecador. Por isso, Jesus sofreu e morreu – por amor.

Seguindo os passos de Jesus, o partir do pão nos leva ao essencial do amor: amar a Deus e amar ao próximo. Parece um simples resumo dos mandamentos mas não é. Amar a Deus, todos dizem. Amar ao próximo é uma graça que rompe barreiras. Pelo Espírito, nós somos enviados a amar a Deus com todo o coração, espírito e força. E nós somos inspirados a amar ao próximo de forma mais verdadeira e libertadora. E quem é o próximo? É a pessoa bem próxima de nós. Mas as leis e tradições matam o amor porque não deixam o próximo estar bem próximo. Portanto, quem ama de forma concreta optando em ter uma pessoa amada bem próxima parte e se parte. Ou amamos a Deus ou amamos aqueles que se fazem Deus? Ou amamos o próximo ou amamos o distante?

Animação Missionária, significa animar-se em primeiro lugar, romper-se do seu mundo fechado.
Em comunidade cada qual deve animar uns aos outros, unir-se e daí vem a força necessária para tornar-se comunidade que busca união e consequentemente a sua Missão, dentro e fora dela.


Para Reflexão:

• Missão (por Dom Helder Câmara)
Missão é partir, Caminhar, Deixar tudo, Sair de si,
Romper com egoísmo que nos fecha em nosso eu.

É deixar de dar voltas ao redor de nós mesmos
Como se fossemos o centro do mundo e da vida.

É não deixar se bloquear pelos problemas do pequeno mundo
A que pertencemos, a humanidade é maior.

Missão é sempre partir, porém, não devorar quilômetros.

É sobretudo abrir-se às outras pessoas como irmãos
Descobrindo-os e encontrando-os.
E, se para encontrá-los e amá-los
É necessário atravessar os mares
E voar mais no mais alto do céu,
Então, missão é partir até os confins do mundo.

Dando continuidade ao encontro, Ricardo lançou duas perguntas fundamentais:
• O que falta em nossas comunidades em relação ao tema?
Resposta dos participantes:
Falta de ousadia, disponibilidade, abertura, ânimo, decidir-se, comunicação, amor, doação, coragem, assumir, fazer a diferença, conhecimento, vontade, testemunho, vivência da palavra, incentivo, participação, compromisso, oração, idéias novas, desprendidos, dedicação, jovem (participação), formação, responsabilidade, lealdade, caminhar juntos, cuidar do planeta, paz, amizade.

• O que fazer em nossas comunidades para melhorar as situações levantadas?
Resposta dos participantes:
Intercambio com outras comunidades, colocar em pratica as idéias, planejar, acolher, participar, promover encontros da juventude, procurar envolver as comunidades nos trabalhos paroquiais, vida comunitária, união, diálogo profético, se por a caminhar (não esperar pelos outros), encontros missionários, fazer círculos bíblicos, trabalhar em equipe, criatividade na liturgia, conscientizar as pessoas, responsabilidade, partilha dos bens.
Para finalizar Ricardo passou a palavra para o Pe. Fábio, que apontou três momentos de caminhada na Paróquia:
• a liturgia;
• vida comunitária;
• amar em Jesus Cristo.
Logo em seguida a catequista Alexandra, do grupo Mini-jovem, partilhou a sua experiência.
Finalizando, Pe. Fábio agradeceu a participação e presença de todos, e, rezando o Pai-Nosso encerrou o encontro.
Esta foi lavrada e após ser lida será assinada por todos os presentes.
Assinatura: ( 38 pessoas )


- Próximo encontro 05/06 das 8:00 às 12:00 (Tema: Festa Santo Antonio)

- Ata efetuada por Dildnei, Paulo e Gerson


CONFRATERNIZAÇÃO E ALMOÇO

(faltou foto, desculpe-me, Ricardo)

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