terça-feira, 11 de outubro de 2011

Padres austríacos se recusam a revogar seu apelo à desobediência

Membros da Iniciativa dos Párocos Austríacos, liderados pelo ex-vigário-geral de Viena, Mons. Helmut Schüller, disseram não poder revogar o Apelo à Desobediência emitido por eles no dia 19 de Junho. Em seu último boletim, os 407 sacerdotes e diáconos dizem: "Foi-nos pedido que nos retratemos do texto do 'Apelo à Desobediência', mas não podemos fazer isso em sã consciência porque continuamos convictos do seu conteúdo".

A reportagem é de Christa Pongratz-Lippitt e Sarah Mac Donald, publicada na revista católica britânica The Tablet, 08-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os sacerdotes exigem a reforma ou o diálogo sobre as questões do celibato sacerdotal, do sacerdócio feminino e da comunhão a divorciados e a pessoas em segunda união. Eles também querem o reforço do papel dos leigos na Igreja.

"A desobediência com relação a certas leis e regras eclesiásticas restritivas em vigor há anos faz parte da nossa vida e do nosso trabalho pastoral. Declarar publicamente algo diferente do que pensamos e de como agimos tornaria ainda mais aguda a dissonância na Igreja e na pastoral", disseram eles na carta. Eles estavam plenamente conscientes de que a palavra "desobediência" poderia ser inflamatória, mas insistiram: "Não entendemos uma desobediência generalizada por gosto da contradição, mas sim uma obediência graduada, que devemos sobretudo a Deus, depois à nossa consciência e por fim às disposições eclesiásticas".

Falando esta semana em Dublin, onde se dirigiu a um encontro da Associação Irlandesa dos Padres Católicos (ACP), Mons. Schüller disse à The Tablet que, quando ele se tornou vigário geral em Viena, em 1995 – cargo que ele ocupou até 1999, trabalhando junto ao arcebispo Christoph Schönborn –, ele tinha esperança de mudança na Igreja, em linha com o que havia sido permitido pelo Concílio Vaticano II. "Mas agora temos a suspeita de que o Vaticano quer que a Igreja vá para trás", disse. Ver a Igreja como uma "fortaleza contra o mundo e contra o mundo secular" não era a forma que o Concílio Vaticano II pensou, argumentou ele.

Uma questão-chave hoje pertence ao papel dos leigos/as batizados/as – que "não são apenas compradores em alguma loja, mas sim pedras do edifício da Igreja". Eles devem crescer em influência e em participação nas decisões da Igreja, disse ele, "por causa da sua abundante experiência de vida". Ele disse que a Igreja "tem medo dos leigos porque ela os vê como pessoas infectados pela secularização e pelo relativismo". As preocupações da Iniciativa sobre o sacerdócio, disse, estão baseadas nos direitos reconhecidos pela ONU para que os homens se casem, e nos direitos iguais das mulheres reconhecidos pelo mundo secular, mas não, ele disse, pela Igreja.

Em seu boletim informativo, os sacerdotes disseram que haviam sido aconselhados a discutir algumas das reformas "mais simples" exigidas por eles com o cardeal Schönborn, mas eles estavam preocupados em evitar uma discussão das reformas "apenas entre alguns poucos membros do clero superior", reformas estas que dizem respeito a todos os fiéis do "clero inferior".

Fonte

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Família Arnaldina realiza curso de fotografia em Juquiá




Por Cláudia Pereira

Grupo de Jovens participaram da segunda etapa do curso de fotografia, ministrado por integrantes do grupo de leigos Família Arnaldina, realizado dia 24 de Setembro na Paróquia Santo Antônio em Juquiá. O curso é parte dos trabalhos de missão do grupo de leigos que já desenvolve outros trabalhos na comunidade do Vale do Ribeira. O primeiro curso de fotografia realizado no mês de maio reuniu quinze jovens que tiveram conhecimentos básicos e teóricos da fotografia e o valor da comunicação na comunidade.

Nesta segunda etapa do curso, os jovens aprenderam a importância da fotografia como informação e colocaram em prática os conhecimentos da primeira aula realizando vários clic`s na cidade. Na perspectiva de um novo olhar com a fotografia, os jovens saíram pela cidade registrando o que para eles era diferente. Depois da saída fotográfica os orientadores do curso selecionaram as dez melhores fotografias, que serão expostas na comunidade. O curso é estímulo para a garotada e já deu resultados, a paróquia de Santo Antônio agora dispõe da Pastoral da Comunicação e de um boletim informativo da PJ. “Voltamos pra casa felizes com o resultado” diz o grupo que na próxima etapa levará mais trabalhos na bagagem para alegrar os jovens e toda a comunidade. E neste sentido, a Família Arnaldina começa a semear a semente da esperança.


A Família Arnaldina em momentos de oração com os noviços